A delegada Nadja Filho de Araújo foi dispensada de suas atividades na Delegacia da Mulher de João Pessoa por não dar continuidade às investigações sobre o caso do médico que agrediu a ex-companheira no elevador de um condomínio, em João Pessoa.
A delegada recebeu a denúncia do condomínio em 2022, informando sobre a existência das imagens que registravam a agressão que aconteceu no elevador do local e não deu continuidade às investigações. O caso só está sendo investigado agora em 2023, após a denúncia formal da vítima, feita em agosto.
A Coordenadoria das Delegacias da Mulher informou que, na época em que o caso aconteceu, a vítima chegou a ser ouvida, mas preferiu não denunciar o médico. E por isso não foi dado andamento às investigações. Porém, o entendimento do STF, desde 2012, é que casos de violência contra a mulher devem ser investigados, independente do desejo da vítima.
A decisão de dispensar a delegada foi tomada pela Secretaria da Segurança Pública e publicada no Boletim de Serviços da Polícia Civil neste sábado (16).
O caso está sendo acompanhado pela Corregedoria da Polícia Civil, responsável por apurar qualquer irregularidade na conduta dos agentes públicos envolvidos na apuração e encaminhamento da ocorrência violência doméstica.
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