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Egito suspende autorizações para deixar Gaza e brasileiros têm saída frustrada pelo 5º dia seguido

Após conversas com os países envolvidos no processo de permitir que estrangeiros e pessoas com dupla nacionalidade deixem a Faixa de Gaza, o Brasil enfrentou mais uma decepção no quinto dia consecutivo, já que as autorizações para sair do território sob ataque de Israel foram suspensas em direção ao Egito, informa a Folha de S. Paulo. E isso não afetou apenas os brasileiros neste domingo (5). “Nenhuma lista hoje”, afirmou Alessandro Candeas, embaixador junto à Autoridade Nacional Palestina, na Cisjordânia sobre as liberações diárias feitas pelos egípcios.

No dia anterior, ele já havia mencionado que a taxa de saída no posto de fronteira de Rafah estava lenta e que apenas poucos nomes autorizados conseguiram realmente partir. Até o momento, cerca de 2.700 pessoas das aproximadamente 7.500 elegíveis em Gaza haviam recebido permissão. Sem listas, a prioridade será provavelmente evacuar aqueles que já têm autorização de saída, um pouco mais de 500 por dia desde a quarta-feira (1º), mas isso não estava claro.

O Brasil tem 34 pessoas na lista de repatriação em Gaza, com 24 delas sendo brasileiras, 7 palestinas em processo de imigração e 3 parentes próximos dessas pessoas. Do grupo, 18 estão no ponto de fronteira de Rafah e 16 na cidade de Khan Yunis, a cerca de 10 km de lá. Para uma pessoa sair de Gaza, de acordo com o acordo atual, seu nome precisa ser autorizado pelo Egito, que receberá o refugiado, por Israel, e pelos países mediadores, Estados Unidos e Catar.

O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou com todas as partes envolvidas em algum momento da crise. No sábado (4), o assessor internacional do governo brasileiro, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, ligou para o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, para abordar a questão. Na sexta-feira (3), o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, havia informado a Vieira que todos os brasileiros deveriam deixar o território até quarta-feira (8).

Fonte: wscom