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Ato “Democracia Inabalada” reforça papel das instituições brasileiras

Ato “Democracia Inabalada” reforça papel das instituições brasileiras


Os presidentes dos Três Poderes da República estiveram juntos, nesta segunda-feira (8), no Congresso Nacional, para relembrar a tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro de 2023 e mostrar que as instituições brasileiras continuam fortes.

O ato lotou o salão negro do Senado Federal. De acordo com a organização, cerca de 500 pessoas estavam presentes. A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, foi escolhida para abrir a cerimônia disse que a sociedade precisa continuar atenta e vigilante.

“É necessário, sim, a responsabilização e a devida punição aos que ousaram tentar destruí-la. Não apenas os que invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, mas os que financiaram, organizaram, incitaram a tentativa de golpe”, enfatizou.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que os acontecimentos abismaram a cidadania, mas mobilizaram as forças democráticas, e não podem ser esquecidos.

“Os estilhaços das vidraças das sedes dos Poderes, os destroços a que foram reduzidos em poucos instantes obras de artes, ambientes e instrumentos de trabalho, além das imundícies esparramadas nos centros simbólicos da vida institucional, não podem ser esquecidos”, declarou.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que a depredação das sedes dos Três Poderes não foi um fato isolado, mas sim, precedido há anos de ataques as instituições.

“A despeito de tudo, as instituições venceram e a democracia prevaleceu. A reação do presidente da República, do presidente do Senado, do presidente da Câmara e da presidente do Supremo, dos diferentes setores da sociedade civil e da imprensa, demonstrou que nós já superamos o ciclo do atraso. Já não há mais espaço, na vida brasileira, para quarteladas, quebras da legalidade constitucional ou descumprimento das regras do jogo”, reiterou o ministro.  

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, lembrou que os golpistas questionavam as eleições, mas que a democracia existe somente quando se respeita o processo eleitoral.

“Sob premissas falsas, golpistas desejavam invalidar o resultado das urnas. Para além dos prejuízos materiais, para além das depredações e da violência praticadas, essa turba de criminosos, que invadiu essas mesmas dependências, desrespeitou a vontade popular manifestada pelo voto. Isso é absolutamente inaceitável”, afirmou Pacheco.  

Já o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a democracia é um exercício diário e lembrou dos que enfrentaram a tentativa de golpe no ano passado.

“Todos os brasileiros e as brasileiras que colocaram, acima das divergências, para dizer um eloquente não ao fascismo. A coragem de parlamentares, governadores e governadoras, ministros e ministras da suprema corte, ministros e ministras de estado, militares legalistas, e, sobretudo, da maioria do povo brasileiro, garantiu que nós estivéssemos aqui hoje, celebrando a vitória da democracia sobre o autoritarismo”, discursou o presidente.

Ainda participaram do evento o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ex-presidente José Sarney, a ex-presidente do STF e ministra aposentada da Corte Rosa Weber, e a liderança do movimento nacional dos catadores de reciclados Aline Souza.

Mas ausências foram sentidas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, não esteve presente e alegou problemas de saúde na família. Dos 27 governadores convidados, apenas 12 marcaram presença.

 



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