Dez vereadores desistiram de apoiar a Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores de São Paulo que quer investigar a atuação de ONGs e do Padre Julio Lancellotti e em obras sociais na capital paulista.
Mas essa retirada de assinaturas é apenas simbólica, de acordo com a Câmara Municipal porque, uma vez protocolado o pedido, apenas o autor, o vereador Rubinho Nunes do União Brasil, poderia retirá-lo da pauta. No momento, o pedido da CPI vai ser analisado pelo colégio de líderes, que pode ou não prosseguir com a instalação da Comissão.
No projeto para justificar a CPI, Rubinho Nunes não citou o nome do padre Julio Lancellotti, no entanto, nas suas redes sociais, afirmou que Lancellotti seria investigado na Comissão, acusando-o de ser “cafetão da miséria”.
O último vereador a desistir foi Gilson Barreto, do PSDB. Ele publicou nas redes sociais que depois de estudar o intuito da CPI e ver que o Padre Julio Lancellotti não participa de qualquer convênio com o poder público municipal, entendeu que a CPI perdeu a sua finalidade de zelar pelo dinheiro público.
Por meio de nota, o padre Julio Lancellotti afirmou que as CPIs são legítimas, mas que ele não pertence a nenhuma organização da sociedade civil ou ONG que tenha convênio com a prefeitura e que a atividade da pastoral de rua é uma ação da Arquidiocese de São Paulo.
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