“Dificilmente alguma decisão será tomada contra Israel nas Nações Unidas”.
A análise é do professor de História Contemporânea da Universidade Federal Fluminense, Bernardo Kocher, ao se referir à denúncia da África do Sul contra Israel pelo genocídio em Gaza.
O caso está sendo julgado pela Corte Internacional de Justiça, principal órgão judicial da ONU.
Nesta sexta-feira (12), Israel negou o genocídio em Gaza e afirmou que está em uma guerra de defesa contra o Hamas, não contra o povo palestino.
As alegações foram apresentadas durante audiência do Tribunal, em Haia, na Holanda.
Para o professor Bernardo Kocher, o apoio dos Estados Unidos, no Conselho de Segurança, é favorável a Israel.
Já para a África do Sul, Israel viola a Convenção de Genocídio e promove assassinato em massa de civis em Gaza.
Israel usa arsenal altamente destrutivo, ataques em zonas seguras e em campos de refugiados, além do bloqueio de assistência humanitária.
Por outro lado, o governo israelense rejeita as acusações, afirma que não há intenção genocida e que está envolvido em uma guerra que não foi iniciada pelo país.
O professor Bernardo Kocher detalha os possíveis impactos do julgamento.
Ainda não há prazo para o fim do julgamento.
Desde o início da guerra, com o ataque do Hamas em 7 de outubro, mais de 1.200 israelenses morreram e 250 pessoas foram raptados.
Do lado palestino, 23 mil pessoas morreram e dois milhões sofrem com uma crise humanitária.
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