Na manhã desta terça-feira (23), o Instituto Cândida Vargas (ICV), vinculado à rede hospitalar da Prefeitura de João Pessoa, realizou uma palestra sobre Entrega Protegida. A iniciativa foi fruto de uma colaboração com o Tribunal de Justiça da Paraíba, por intermédio da 1ª Vara da Infância e da Juventude de João Pessoa.
A palestra, que teve início às 9h, ocorreu no Auditório do Instituto Cândida Vargas, reunindo profissionais engajados no tema da entrega voluntária de crianças para adoção. Este evento importante buscou promover a conscientização e o diálogo acerca de práticas seguras e responsáveis.
Segundo a coordenadora do serviço social do ICV, Liane Guerra, a reunião aprofundou o entendimento sobre a entrega voluntária de crianças para adoção. “O objetivo é capacitar os profissionais do ICV, para acolher as gestantes e puérperas, quer sejam vítimas de violência ou não, que expressem a vontade de entregar seu filho para adoção, sem que haja julgamento, guardado o sigilo e orientando sobre o processo de entrega voluntária, porque adoção no Brasil é um processo legal e encontra amparo legal na Lei 13.509/ 2017, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, explicou a coordenadora do serviço social, Liane Guerra.
A secretária da Mulher de João Pessoa, Nena Martins, reconheceu o papel crucial desempenhado pelo Instituto Cândida Vargas no atendimento às necessidades específicas das mulheres. “Eu quero parabenizar mais uma vez a toda equipe aqui do Instituto Cândida Vargas e dizer que estamos juntos e é um prazer poder de alguma forma colaborar, compreender que o Instituto colabora muito mais conosco na Secretaria da Mulher, porque nos dá o respaldo para estar ajudando mulheres que passam todos os dias por lá também, passam por lá buscando ajuda na questão da violência contra as mulheres”, contou.
Entre os palestrantes, estiveram os profissionais especializados no campo judiciário e social como as analistas judiciárias Aline Cristina Vieira da Cunha que é assistente social, Miucha Lins Cabral, psicóloga e Thomaz Fernandes Rocha Mota, que também é psicólogo.
Thomaz Mota, analista judiciário do Tribunal de Justiça da Paraíba, enfatizou o programa Entrega Protegida, que trata da entrega voluntária de crianças para adoção. “Reconhecemos a necessidade de não apenas focar no bem-estar da criança destinada à adoção, mas também de centrar nossos esforços no cuidado abrangente da gestante em situação de vulnerabilidade. Muitas vezes, essas mulheres enfrentam desafios como violência e dificuldades sociais, demandando uma compreensão mais profunda e apoio adequado”, disse.
A coordenadora do setor de psicologia do ICV, Poliana Dantas, destacou o evento como importante pois colabora para a atualização dos profissionais. “É um tema muito importante, pois a gente acolhe essas famílias que decidem fazer essa doação de crianças. Então a vara está aqui. A gente acaba atualizando os nossos conhecimentos acerca da temática e a equipe sempre trabalhando de modo multi”, disse.
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