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Violência contra jornalistas registra queda significativa em 2023

Violência contra jornalistas registra queda significativa em 2023


A violência contra jornalistas no Brasil registrou uma queda significativa no ano passado. Foram 181 casos, quase 52% a menos que os 376 registrados em 2022. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (25) pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

A queda nos casos, segundo o relatório, foi consequência direta, da redução ainda mais significativa no número de episódios de duas categorias de violência: a descredibilização da imprensa e a censura, que, segundo a Fenaj, estiveram diretamente associadas à ação do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Apesar da queda nos números, o relatório considera que eles ainda estão em patamar altíssimo. O total de episódios registrados ao longo do ano passado é 34% maior do que os 135 contabilizados em 2018, antes da ascensão do ex-presidente.

A presidente da Fenaj, Samira de Castro, afirma que a prática de agressões a jornalistas tem sido estimulada pela extrema direita no país e que esses ataques ferem o direito à informação e a liberdade de imprensa, pilares da democracia.

Do total de vítimas, 179 foram do sexo masculino e, 66, do sexo feminino. Em porcentagem, quase 70% das vítimas foram homens.

Samira de Castro explica que esses números não levam em conta casos de assédio sexual e moral, porque geralmente eles não têm o objetivo de impedir a livre circulação da informação. Essas ocorrências são tratadas na Justiça do Trabalho. Segundo a dirigente, um outro motivo que poderia explicar a diferença significativa no número de agressões contra homens e mulheres é a subnotificação.

Os dados do Relatório são coletados a partir de denúncias feitas à Federação ou aos Sindicatos de Jornalistas. Também há coleta de casos noticiados na imprensa. A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

 

A reportagem não conseguiu contato com a assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi citado no relatório.



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