Em Gaza, o exército de Israel atacou o hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, alegando que o Hamas usava o local para manter reféns em cativeiro e corpos de reféns israelenses mortos.
O ataque vem depois que as forças de defesa de Israel havia ordenado a saída de milhares de civis desalojados que se abrigavam no complexo.
O hospital, o maior e um dos poucos ainda em funcionamento em Gaza, foi bombardeado e depois atacado por tropas israelenses. Funcionários e pacientes filmaram o caos que se seguiu.
Nos dias anteriores, o exército de Israel havia dito que profissionais de saúde e pacientes poderiam permanecer no hospital e que apenas os civis desalojados deveriam sair.
Há relatos de que alas inteiras foram destruídas. O porta-voz das forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse que a operação foi precisa e limitada, que as tropas buscavam combatentes do Hamas, reféns e corpos de reféns. E que vários suspeitos foram detidos no hospital.
Um representante do Hamas chamou as alegações de mentira. Os que foram expulsos das instalações tentavam encontrar abrigo em outros locais. Ao menos duas mil pessoas foram para Rafah, no extremo sul. Outras, para a região central de Gaza.
A organização Médicos Sem Fronteiras disse que as pessoas se deparavam com uma escolha impossível entre ficar e se tornar um alvo, ou sair para uma paisagem apocalíptica de bombardeios. Tanques e veículos blindados israelenses operavam na fronteira com a Faixa de Gaza nesta quinta, enquanto os combates continuavam dentro do território.
Em Rafah, à medida que aumenta a ameaça de uma ofensiva militar, os palestinianos deslocados afirmam que não abandonarão a Faixa de Gaza, temendo uma invasão de refugiados. O Egito está reforçando a segurança na região do Sinai, que faz fronteira com a Faixa.