João Pessoa atingiu a marca de 98% nas atividades de vacinação de alta qualidade, segundo avaliação do Ministério da Saúde (MS). A análise foi sobre o processo de microplanejamento (MP) da Rede Municipal de Saúde e todos os critérios que integram o método de trabalho. O processo de MP tem como objetivo as Atividades de Vacinação de Alta Qualidade (Avaq) para o resgate das altas coberturas vacinais dos programas de rotina e outras estratégias de vacinação e, consequentemente, a erradicação e o controle de doenças imunopreveníveis.
Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização de João Pessoa, explicou que a equipe do município participou de capacitações junto ao Ministério da Saúde e compartilhou todo o conhecimento adquirido com os gestores e profissionais que atuam nas salas de vacinas. “Nisso, repensamos as estratégias que estávamos usando e juntos criamos novas estratégias respeitando cada território, comunidade e realidade local. Ainda ampliamos nossa rede de apoio com as comunidades e buscamos aliados para atuar juntos, a exemplo das lideranças comunitárias, entidades religiosas, acadêmicas, educacionais, entre outros para garantir a assistência e o resultado exitoso”, disse.
Os critérios avaliados pelo Ministério da Saúde foram a utilização de ferramenta gerencial, encaminhamentos, assistência da Atenção Básica, monitoramento, acompanhamento e controle da Vigilância em Saúde, como a análise de risco de disseminação de doenças preveníveis, acompanhamento de execução de recursos destinados as ações de vacinação, realização de treinamento, capacitação, mobilização e qualificação de profissionais, divulgação e comunicação das ações relacionadas à prevenção e combate as fake news e treinamento e condutas de eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização.
“O treinamento que obtivemos foi norteador para podermos projetar muitos processos que já estavam sendo executados. Sobretudo, agregou a troca de experiência e a metodologia que foi coordenada para estender a perspectiva para novas estratégias adotadas, ordenada, sistemática e programada, buscando avaliar os resultados”, completou o coordenador.
Microplanejamento – O processo de microplanejamento parte do reconhecimento da realidade local, considerando as características sociodemográficas, econômicas, sociais e necessidades dos municípios e das suas menores divisões, como a área de abrangência de uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) e Unidade Básica de Saúde (UBS), fortalecendo a descentralização e a territorialização.
Todo processo é desenvolvido por profissionais de saúde dos diferentes níveis de atenção que compõem o Sistema Único de Saúde (SUS) nas diversas áreas relacionadas com as imunizações, como o Programa de Imunização, Vigilância Epidemiológica (VE) e Atenção Primária à Saúde (APS). O Ministério da Saúde foi o responsável pela organização e implementação da metodologia, que incluiu a formação de facilitadores nos níveis nacional, estadual e municipal, em ondas de formação, promovendo as atividades no formato presencial ou semipresencial e o seguimento da implementação do processo de microplanejamento.
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