Nos países do G20, a parcela da população 1% mais rica aumentou seus rendimentos em 45% desde os anos 1980. Somente em 2022, esse grupo teve ganhos superiores a 18 trilhões de dólares, valor superior ao PIB da China. Os dados são da Oxfam, organização que busca soluções para a pobreza e a desigualdade. Apesar disso, a pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostra ainda que os membros do G20, grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, arrecadam quatro vezes mais impostos sobre consumo do que sobre riqueza.
No Brasil, França, Reino Unido, Itália e Estados Unidos, os super-ricos pagam uma taxa efetiva de impostos mais baixa do que o trabalhador médio. Quatro dos cinco maiores bilionários do mundo vivem em países do G20. A gerente de Programas e Incidência da Oxfam Brasil, Maitê Gauto, considera que a tributação sobre a riqueza é uma medida que pode corrigir essas distorções e reduzir desigualdades.
O Brasil, que atualmente ocupa a presidência do G20 e sedia em novembro a próxima reunião de cúpula do grupo, pretende propor o primeiro acordo global sobre a taxação dos super-ricos para reduzir a desigualdade global.
Esta semana está sendo realizada em São Paulo a reunião de Ministros de Finanças e presidentes de Banco Central dos países membros.
A Oxfam ressalta ainda que a taxação da riqueza tem grande apoio popular, até mesmo entre as pessoas que seriam tributadas. Uma pesquisa recente revelou que cerca de 75% dos milionários dos países do G20 apoiam a medida.
E em setembro de 2023, quase 300 economistas e políticos, incluindo 18 ex-chefes de Estado, pediram ao G20 que fosse aprovada uma tributação sobre a extrema riqueza
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