Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Funjope realiza ‘Paixão de Cristo – um musical inclusivo’ com autistas e T21

Funjope realiza ‘Paixão de Cristo – um musical inclusivo’ com autistas e T21


Pela primeira vez, João Pessoa terá uma Paixão de Cristo feita por autistas. O espetáculo ‘Paixão de Cristo – um musical inclusivo’ é resultado do edital da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) para montagem nos bairros. Este será encenado por pessoas com deficiência (PCD). Os ensaios acontecem na Escola Aruanda, no bairro Bancários, e o próximo está marcado para o sábado (16), a partir das 14h. Já a apresentação será no dia 22 de março, às 18h30, no auditório da escola.

“É realmente um momento muito especial que estamos vivenciando pela capacidade que a Funjope está tendo de colocar, de forma inovadora para a sociedade e para o público de João Pessoa, uma Paixão de Cristo montada por pessoas com deficiência. Essa Paixão de Cristo inclusiva é muito especial para todos nós. Ela envolve crianças e adultos com Down e autistas, e isso é muito significativo”, declara o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.

Ele lembra que a Funjope, junto com a Associação Paraibana de Autismo (APA) e Turma Tá Blz, realiza um trabalho de inclusão social pela arte há mais de dois anos no Centro Cultural de Mangabeira, e esse trabalho ganha outras dimensões a partir de agora.

“Conseguimos, com o esforço dessas pessoas, de grupos de teatro, construir uma Paixão de Cristo Inclusiva com pessoas T21 e autistas. Isso realmente nos deixa muito orgulhosos e só podemos agradecer a todos os profissionais de cultura que se envolveram nesse projeto”, acrescenta.

A peça é montada por Nik Fernandes e pela professora de Artes e Teatro Marinalva Rodrigues, com apoio da Associação Paraibana de Autismo (APA). Também participam crianças que não são autistas como forma de promover a verdadeira inclusão.

Sobre a importância desse trabalho, a presidente da Associação Paraibana de Autismo, Hosana Carneiro, ressalta que é valioso. “É uma inserção bem inovadora. Ter um espetáculo com autistas na Paixão de Cristo é realmente entender que a inclusão em João Pessoa aconteceu. Já estamos em todos os espaços possíveis para que nossos autistas se desenvolvam cada vez mais”, comemora.

Ela lembra que a APA, junto com a Funjope e a Turma Tá Blz, vem trabalhando com autistas crianças e também adultos. “É uma oportunidade única para autistas adultos porque o que mais ouvíamos no passado, das mães deles, era que eles não tinham nada para fazer. Ninguém pensava neles. Então, é uma inclusão também muito voltada para os adultos e nós temos que frisar bastante isso com relação a esse momento que é muito especial”.

A diretora musical do projeto da Paixão de Cristo dos autistas, Nik Fernandes, ressalta que, mais uma vez, João Pessoa sai na frente. “E não poderia ser diferente porque temos uma gestão totalmente inclusiva, com um prefeito inclusivo, um secretário de olhar diferenciado. Meu filho, que é autista, tem 30 anos e há muito tempo eu brigava pelo projeto Tardezinha Inclusiva. Entrou gestão, saiu gestão e nunca saiu do papel”, ressalta.

Nik acrescenta que João Pessoa será a única cidade do Brasil a ter uma Paixão de Cristo encenada por pessoas com alguma deficiência. “Como nosso forte são os autistas, teremos mais autistas, mas também pessoas com Síndrome de Down encenando o espetáculo”.

A peça é composta por 12 apóstolos, um corpo de ballet, Judas, Maria, Jesus, dois soldados, e será narrada por crianças. Jesus vai ser interpretado por Jhony Fernandes, e Maria será vivida por Laura. Ambos são autistas adultos.

O espetáculo ‘Paixão de Cristo – um musical inclusivo’ será, como o próprio nome diz, musical e isso, como observa Nik Fernandes, ajuda a atrair a atenção dos atores. “Estamos fazendo uma Paixão de Cristo para repensar porque o maior peso da cruz, para eles, ainda é a sociedade. Queremos lembrar que o autismo não é uma doença, não é transmitido. O que o autista transmite é muito amor. Eles gostam de beijar, abraçar, e eu estou super feliz por fazer parte de tudo isso”, completa.



Link da fonte aqui!