O Rio de Janeiro registrou 62,3ºC de sensação térmica no domingo, a maior desde 2014, quando o Sistema Alerta Rio, serviço meteorológico da Prefeitura, começou a fazer as medições. O recorde foi registrado na estação de Guaratiba, zona oeste da cidade.
O aumento excessivo das temperaturas é preocupante para toda a população, principalmente para idosos e crianças, que são mais vulneráveis
Renata Gracie, pesquisadora do Observatório de Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz, explica que a tentativa de se adaptar ao calor extremo pode estressar o organismo, podendo causar problemas nos sistemas circulatório, respiratório, nervoso e geniturinário.
Segundo a especialista, esses eventos extremos de calor também vão impactar as pessoas mais pobres.
Um estudo da Fiocruz mostrou que o aumento das temperaturas também pode estar associado ao crescimento de casos da Dengue no Brasil. Segundo Renata Gracie, essa associação acontece principalmente em países em desenvolvimento, da América Latina, com serviços essenciais ainda não plenamente estabelecidos.
De acordo com orientações do Ministério da Saúde para o enfrentamento de ondas de calor é importante se proteger do sol e se manter hidratado nessas situações. Os principais sinais de alerta são: transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia. Nesses casos, a orientação é procurar uma unidade de saúde para ser avaliado por um profissional.
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