Uma alternativa sustentável no combate à dengue, o método Wolbachia ganha cada vez mais espaço no Rio de Janeiro. A partir desta terça-feira (2), serão soltos em mais três bairros cariocas mosquitos Aedes aegypti, modificados em laboratório, com a implantação da bactéria Wolbachia, que tem a capacidade de bloquear a transmissão, não só da dengue, mas também da zika e chikungunya.
O método é conduzido pela Fiocruz, com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais.
Diogo Chalegre, líder no Brasil de relações institucionais do Programa Mundial de Mosquitos, detalha o funcionamento do método. (áudio)
O projeto da Fiocruz começou em Niterói, na região metropolitana do Rio, primeira cidade a ter 100% de cobertura dos wolbitos, como são chamados os mosquitos com a bactéria.
No capital fluminense, nos 29 bairros onde os wolbitos foram liberados, os pesquisadores apontam uma redução média de 38% dos casos de dengue.
Chalegre destaca, no entanto, que a população e o poder público devem seguir com os cuidados para evitar a proliferação do Aedes.
O projeto hoje já está presente em Campo Grande, Mato Grosso do Sul; Belo Horizonte, em Minas Gerais, e Petrolina, Pernambuco. Neste ano, o método chegará a cidades de mais estados, entre eles Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
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