O comerciante João Carlos da Silva foi condenado a 18 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo crime de homicídio duplamente qualificado cometido contra o professor e líder indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, ocorrido em abril de 2020. O julgamento aconteceu nessa segunda-feira, na comarca da cidade rondoniense de Jaru, distante pouco mais de 290 quilômetros da capital, Porto Velho.
O corpo do ativista ambiental foi encontrado com marcas de espancamento na rodovia estadual RO-010, em Tarilândia, distrito de Jaru, próximo da aldeia 621 onde morava.
Após investigações, que incluiu quebra de sigilo telefônico do réu e a confissão do crime cometido por ele para terceiros, o Ministério Público estadual apontou João Carlos da Silva como autor do crime.
Segundo a promotoria, Ari foi embriagado até ficar inconsciente no bar do acusado, depois foi espancado e teve o corpo arrastado e jogado já sem vida às margens de uma estrada distrital da cidade de Jaru.
Ari integrava o Grupo de Monitoramento da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, localizado em Rondônia e que possui mais de 1,8 milhão de hectares. Os vigilantes desse grupo fiscalizam e denunciam invasão de terras no Território.
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