A instalação da tirolesa no complexo turístico do Pão de Açúcar e da Urca, cartão postal no Rio de Janeiro, enfrenta mais uma batalha judicial. É que o Ministério Público Federal pediu, em recurso ao Superior Tribunal de Justiça, a paralisação imediata de cortes e perfurações em rochas dos dois morros.
Essas intervenções fazem parte do projeto da tirolesa, que foi retomado após decisão recente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, favorável à concessionária Caminho Aéreo Pão de Açúcar, que opera os bondinhos e é responsável pelas obras.
O projeto foi apresentado em 2020 ao Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que deu sinal verde. Ele prevê a ligação entre os dois morros, assim como o teleférico que existe há mais de 100 anos e se transformou numa das principais atrações turísticas da capital fluminense.
Em duas decisões anteriores, a Justiça seguiu o alerta do MPF para o risco de desintegração do patrimônio geológico do local, que é tombado pelo Iphan e declarado patrimônio mundial pela Unesco, órgão das Nações Unidas para educação, ciência e cultura.
Na avaliação do procurador Sérgio Suiama, a obra nos morros do Pão de Açúcar e da Urca é inaceitável, porque descaracteriza o bem tombado. Ele enfatiza que, mesmo com a polêmica em torno da construção da tirolesa, a Caminho Aéreo Pão de Açúcar segue com o projeto, tendo cortado cerca de 127 metros cúbicos da rocha, o equivalente a 40 caçambas de material de construção…
Pedimos um posicionamento para a empresa Caminho Aéreo Pão de Açúcar, mas até o fechamento desta matéria não tivemos retorno.
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