As nove vítimas retiradas da embarcação à deriva, no Pará, serão sepultadas temporariamente, em Belém, até que as identidades sejam estabelecidas e as família formalmente comunicadas. O barco foi encontrado no final de semana, na região da cidade de Bragança.
Não há prazo para identificar os corpos. De acordo com a Polícia Federal, como a migração de pessoas dos países africanos é uma questão humanitária, com milhares de desaparecidos e sem dados técnicos estruturados, é difícil chegar à identidade das vítimas.
Os peritos finalizaram o exame da embarcação e, além das 25 capas de chuva e diversos objetos, foram encontrados 27 telefones celulares, que ainda serão periciados. Isso indica a possibilidade de mais vítimas.
Na quarta-feira (17), a PF e a Polícia Científica do Pará fizeram um trabalho multidisciplinar de exame nos corpos. Foram feitos: exames radiológicos, para se obter imagens internas dos organismos; exame das roupas, pertences, documentos e adereços; da dentição; das digitais; exame médico-legal, para coleta de DNA; e até dos isótopos estáveis, que é útil para rastrear a origem geográfica.
Os dados colhidos foram enviados para Brasília, nos Institutos Nacionais de Criminalística e de Identificação, da PF, com apoio da Interpol e organismos internacionais.
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