Uma ilha fluvial inteira, com cerca de 13 mil m², dentro da Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo, desapareceu em Marapanim, a 150 km de Belém, no Pará. Um estudo feito pela Universidade Federal Rural da Amazônia, a pedido da Polícia Civil, mostra que, por causa da atividade humana, essa ilha sumiu completamente há quase uma década.
Os pesquisadores usaram imagens de satélite, desde os anos 1980, além de relatos de moradores no continente, para acompanhar a diminuição da ilha, explica a professora Tabila Verena.
A Ilha Camará, que era usada para atividades de lazer, está agora submersa por causa da erosão provocada pelas ondas resultantes da chamada “praticagem”, ou seja, a passagem de lanchas em alta velocidade, usadas para orientar navios que se aproximam de um píer da região, disse Robson Carrera, outro pesquisador do estudo.
A Polícia Civil do Pará informou que o inquérito, com o estudo, já foi concluído e enviado à Justiça.
Em nota, a empresa Barra do Pará disse que é “falso” o argumento da Associação dos Usuários da Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo de que a empresa realiza atividades ilegais que causariam danos ao meio ambiente e às comunidades de pescadores e ribeirinhos.
O Instituto Chico Mendes, responsável pela Reserva, ainda não respondeu aos nossos questionamentos.
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