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Mortes pela maior tragédia climática do sul do Brasil aumentam para 56 e desalojados sobem para 32,9 mil – Mundo



O número, provisório, de pessoas mortas pela que já é considerada a maior tragédia climática de sempre no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no sul do país, aumentou este sábado, 4 de Maio, para 56. O trágico dado foi divulgado pela Proteção Civil local na manhã deste sábado, no mais recente balanço sobre as cheias provocadas pela chuva torrencial que se abate ininterruptamente sobre o estado desde a passada segunda-feira.

O número de vítimas fatais confirmadas até este sábado já supera o das mortes registadas em Setembro do ano passado na região do Vale do Rio Taquari, no centro do estado, quando 54 pessoas perderam a vida durante a passagem de um ciclone extratropical, naquela que até agora era a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul. Da noite desta sexta-feira para a manhã deste sábado, o avanço no terreno das equipas de resgate que lutam desesperadamente contra o tempo e as adversidades climáticas localizou mais 17 corpos, ultrapassando o máximo registado no ano passado.

De acordo com o mesmo relatório parcial da Protecção Civil do Rio Grande do Sul, centenas de pessoas ficaram feridas de alguma forma menos grave em todo o estado, mas 74 tiveram de ser hospitalizadas. Pelo menos outras 67 pessoas continuam desaparecidas, mas todos estes números são provisórios, uma vez que ainda há municípios totalmente isolados, onde nem de helicóptero foi possível chegar, pois a chuva é tão intensa em algumas áreas do estado que não permite voos.

Da mesma forma, o número de habitantes que estão sem casa também subiu ao longo das últimas horas. No balanço de sexta-feira os desalojados eram 24,2 mil, mas na manhã deste sábado o número já tinha pulado para 32,9 mil pessoas.

Ao contrário do que aconteceu com o ciclone de Setembro do ano passado, que afectou principalmente a região central do Rio Grande do Sul, as chuvas e as cheias de agora estão a atingir o estado inteiro e a provocar uma devastação nunca antes vista. A capital do estado, a elegante cidade de Porto Alegre, com uma fortíssima presença de descendentes de alemães e de portugueses, está praticamente submersa, pois o normalmente tranquilo Rio Guaíba transbordou de uma forma tão violenta que nos bairros em redor do seu leito a água já tem dois metros de altura, inundando ruas e casas, a energia teve de ser desligada, e o autarca local já alertou que se as águas continuarem a subir parte da população de 1,3 milhão de pessoas terá de ser evacuada.





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