É raro uma vitória gerar tanto consenso no futebol. Este ano, o Sporting é unanimemente considerado um justo campeão nacional, e nenhum dos principais adversários demonstra a mais leve dúvida sobre a superioridade da equipa treinada por Rúben Amorim. O triunfo sportinguista tem um arquiteto, o jovem técnico já com dois títulos nacionais, tem um conjunto de obreiros, liderados pelo ponta de lança sueco descoberto na segunda liga inglesa, mas tem sobretudo um ideólogo. Aos comandos da instituição, Frederico Varandas começou por salvá-la das garras da destruição a que parecia estar condenada por efeito do anterior presidente. Agora, o líder dos leões traça a régua e esquadro um caminho que, perante a fragilidade dos principais concorrentes nacionais, pode levar à hegemonia no futebol português. O título de campeão nacional de futebol entregue ao Sporting é sobretudo mérito de Frederico Varandas. O perfil mediaticamente discreto do presidente do clube está longe de o impedir de se afirmar, desde já, como o grande dirigente desportivo da nova geração. Tem assegurado a estabilidade do Sporting, tem gerido todas as crises com palavras frias e bem direcionadas, e tem, sobretudo, tomado sempre as decisões mais acertadas para o futuro da instituição.
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