Erika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, sobrinha de Paulo Roberto Braga, revelou neste último domingo (5) que não percebeu que seu tio estava morto na hora de sacar um empréstimo de R$ 17 mil no banco. Ela foi presa e deixou o presídio nessa última semana, depois de 15 dias.
“Foram dias horríveis longe da minha família. Vivi momentos da minha vida que não suportava mais. Muito difícil. Foi horrível eu não percebi que meu tio estava morto. (…) Eu não sou essa pessoa que estão falando, não sou esse monstro”, disse Erika em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
A sobrinha de tio Paulo revelou que não era cuidadora dele, pois o tio era independente, não era cadeirante, que tinha uma mente boa e uma boa relação com ela. Inclusive, a ideia de sacar o dinheiro no banco partiu do próprio Paulo Roberto Braga.
Erika descreve o diálogo que teve com Paulo Roberto antes de entrarem na agência. Segundo ela, ainda na rua, ela perguntou ao tio se ele ficaria mais confortável caso apoiasse a cabeça dele. “Eu perguntei se assim ficaria melhor, ele disse que sim”.
A juíza Luciana Mocco aceitou a denúncia do MP e Erika virou ré por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver, que é o ato de menosprezar a pessoa morta. A magistrada revogou a prisão preventiva, alegando que Erika é ré primária, tem residência fixa e que não representa risco para a ordem pública em liberdade.
A juíza relatou também que Erika é portadora de saúde mental debilitada e precisa cuidar da filha menor de idade que tem necessidades especiais. A Polícia Civil do Rio abriu outro inquérito e investiga se ela cometeu homicídio culposo – quando não há a intenção de matar.
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