O ancião, que conserva a energia de outros tempos, vai ser homenageado em junho pelos franceses em comemoração do 80.º aniversário da libertação de França das mãos dos nazis, iniciada com o desembarque da Normandia.
Depois disso, o antigo soldado pretende casar com Jeanne Swerlin, de 96 anos, numa terra perto das praias que foram palco do ‘Dia D’.
“Eu amo esta mulher. Ela é muito especial”, disse Terens, sobre a mulher com quem namora desde 2021. Para demonstrar a sua alegria e juventude, o casal dançou, conta a AP News, ao som de “Uptown Funk” de Mark Ronson e Bruno Mars.
“Ele é um homem espetacular. Ele ama-me muito e faz questão de dizê-lo”, relata Jeanne, que acrescenta: “Ele é o melhor a beijar”.
O casal cresceu em Nova Iorque – ele em Brooklyn e ela em Bronx. Passados muitos anos, recordam as diferenças da forma como viveram a II Grande Guerra.
A mulher estava na escola e namorava com soldados que lhe traziam prendas para impressionar.
Harold alistou-se no exército em 1942 e foi para a Grã Bretanha no ano seguinte. Era responsável por reparar o rádio de um caça P-47 Thunderbolt. No ‘Dia D’ o veterano estava a reparar aeronaves que regressavam de França para voltarem a integrar a batalha. O norte-americano conta que metade dos pilotos da sua companhia morreram nesse dia.
O homem viria a contrair disenteria bacteriana, uma doença intestinal, que quase provocou a sua morte. Não seria a primeira vez que estaria à porta da morte. No Reino Unido o trabalhador de um bar recusou oferecer-lhe uma bebida depois da hora do encerramento do estabelecimento, mesmo após a insistência do veterano de guerra. Após sair do local, um rocket alemão destruiu o ‘pub’.
Harold chegou aos EUA depois do fim da guerra. Casou em 1948 e teve três filhos. A mulher morreu em 2018, após um casamento de 70 anos que viu nascerem oito netos e 10 bisnetos.
Jeanne, também viúva, foi introduzida a Harold pela filha em 2021. O veterano não tinha intenções de voltar a ter uma relação, mas acabou por apaixonar-se.
O casal e as respetivas famílias vão viajar para Paris este maio, onde o norte-americano será homenageado. Será a quinta vez que o homem vai a França, onde já recebeu uma medalhas das mãos de Emmanuel Macron, há cinco anos.