“De uma forma geral, felizmente, temos um balanço muito positivo em termos daquilo que é, quer o nosso empenhamento, o desenrolar da nossa operação propriamente dita, quer em termos comportamentais por parte das pessoas”, afirmou Lígia Santos, da Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR.
Em declarações à agência Lusa, a capitã Lígia Santos adiantou que “as coisas decorreram conforme previsto, conforme planeado e, de facto, a população também correspondeu”.
“Os nossos militares, todas as nossas valências empenhadas nesta operação promoveram o que pretendíamos, que era um ambiente seguro e reforçar o sentimento de segurança de toda a população um pouco por todo o santuário”, disse.
Sobre o número de ocorrências, a GNR assinalou um quantitativo de situações registadas “muito abaixo daquilo que poderia ser o expectável, atendendo à quantidade de peregrinos” que acorreram a Fátima, declarou.
Na procissão das velas, no domingo, estiveram cerca de 250 mil fiéis em Fátima, sendo que hoje, na missa de encerramento da peregrinação, os dados oficiais apontam para 200 mil pessoas.
“Temos um registo de uma ocorrência por furto e temos também registo de uma ocorrência de um desaparecimento que, felizmente, pouco tempo depois, teve um resultado muito positivo”, com a localização da pessoa, referiu.
Na peregrinação foram detetados também dois ‘drones’ em situação irregular e um foi intercetado.
Para esta peregrinação, que foi presidida pelo cardeal Juan José Omella, arcebispo de Barcelona, Espanha, a GNR contou com cerca de 200 militares.
Já na operação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, os dados provisórios apontam para “264 pessoas assistidas”.
Destas, há 24 feridos ligeiros e dois feridos graves (um vítima de acidente de viação e outro de doença súbita), disse o comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, David Lobato, acrescentando que os feridos foram transportados para o hospital de campanha do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e outros hospitais.
Segundo David Lobato, nos dois dias da operação, estiveram presentes cerca de 300 operacionais, a maioria bombeiros, além de INEM, Cruz Vermelha, escuteiros, Serviço Municipal de Proteção Civil de Ourém e outras entidades, apoiados por 130 viaturas.
Notando que muitos grupos de peregrinos que se deslocam a pé para Fátima já vêm acompanhados de médicos, enfermeiros ou bombeiros, o comandante sub-regional salientou que o “número de pessoas que chegam debilitadas tem vindo a decrescer devido à organização dos grupos”.
“Mas a Proteção Civil tem de estar sempre preparada para situações de exceção, sobretudo num evento de massas como são as peregrinações a Fátima”, defendeu, destacando ainda a “coordenação e a interoperabilidade das entidades envolvidas”.