O Rio de Janeiro e o Distrito Federal registram baixíssima cobertura vacinal contra a meningite entre crianças e adolescentes de 11 a 14 anos.
Na capital federal, a cobertura para a vacina ACWY, que protege contra os quatro sorotipos de meningite nessa faixa etária, ficou abaixo de 35% no ano passado, quando a meta era chegar a 80% desse público.
Em 2023, foram registrados 107 casos de meningite e 14 mortes no Distrito Federal.
No Rio de Janeiro, a cobertura vacinal também é de cerca de 35% nessa faixa etária. De janeiro a abril deste ano já são 532 casos e 22 óbitos pela doença no estado.
A meningite pode ser causada por vírus e bactérias e causa inflamação nas meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A doença é endêmica, casos podem ocorrer durante todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais.
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, observa que após a pandemia, os números da doença voltaram a subir.
A principal forma de prevenção, segundo Kfouri, é a vacina. O especialista cita alguns sintomas da doença, que pode evoluir para um quadro grave com risco de morte ou sequelas.
Os esquemas vacinais contra a meningite incluem além da ACWY, a BCG, meningocócica C, pentavalente, pneumocócica 10 valente, todas incluídas no calendário básico de vacinação.
Para verificar se há algum imunizante em atraso, basta levar a caderneta de vacinação em uma unidade básica de saúde.
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