Paris será sede das Olimpíadas onde, pela primeira vez, haverá equidade de gêneros: são oferecidas 5.250 vagas para homens e a mesma quantidade de vagas para as mulheres. Já o Brasil, pela primeira vez na história do evento esportivo, terá mais mulheres do que homens competindo.
Nesta Olimpíada tão feminina, coube às mulheres confeccionar os bordados das jaquetas que os atletas e a delegação brasileira vão vestir. As bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, pequena cidade com aproximadamente 2.400 habitantes, localizada na região do Seridó, no sertão do Rio Grande do Norte, aceitaram a missão de materializar um pouco da identidade brasileira através do bordado artesanal de animais que simbolizam a fauna brasileira.
Esta semana elas encerram a jornada de meses para entregar quase 2200 peças. A presidente da Associação das Bordadeira da cidade, Salmira Torres, explicou como foi o convite para o trabalho, que contou com o apoio do Sebrae e do Instituto Riachuelo, que já desenvolviam ações comerciais, de qualificação e de marketing com as bordadeiras timbaubenses há alguns anos.
“Surgiu a ideia do Instituto Riachuelo fazer os uniformes dos jogadores das Olimpíadas. E conhecendo o trabalho que a gente desenvolvia no município, eles tiveram a ideia de fazer uma jaqueta, também produzida por eles, com uma parte de produtos reciclado e botar pássaros e animais que representasse a fauna brasileira. Aí veio a onça, tucano e arara. Eles que criaram o design”.
O trabalho, que começou com 17 bordadeiras entregando os pedidos em lotes de 15 em 15 dias, se encerra agora em maio empregando 80 bordadeiras! No meio delas, Walter Gomes é o único homem envolvido no projeto do bordado olímpico.
“Tem só um mês, que eu comecei há um mês atrás. Eu sempre admirei muito o bordado aqui da minha terra e eu sempre tive uma curiosidade imensa em aprender”.
A bordadeira Jailma Araújo, é instrutora e atualmente coordena a Casa das Bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, um espaço de qualificação que também é sede da associação e da cooperativa e reúne cerca de 230 profissionais.
“Inclusive eu que recebi as peças, eu que entregava, e que faço o controle de qualidade. Trocava a cor de uma folha. Pedia para elas desmancharem, para elas refazerem”.
O sucesso do trabalho fez com que um número limitado de peças, por volta de 950, chegue até as vitrines de algumas lojas da rede parceira do projeto nas próximas semanas. Mais que a profissionalização, sonhos também se materializaram através dos bordados olímpicos como destaca Salmira, que também é secretária de Turismo de Timbaúba.
“Graças a Deus isso mudou a qualidade de vida de muitas bordadeiras. Teve bordadeira que deu depoimento que sempre teve um sonho na vida e não conseguiu realizar e agora com os bordados, teve bordadeira que comprou terreno para construir sua própria casa”.
Estima-se que Timbaúba dos Batista tenha cerca de 700 pessoas que trabalham com bordado, quase um terço da população, tornando a arte a principal fonte de renda da cidade.
*Com produção de Daiana Vitor.
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