A indicação da “petista histórica” Magda Chambriard para a presidência da Petrobras também contou com o apoio do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, conhecido por sua influência nos bastidores do governo, conforme relatado pelo Estadão nesta quinta-feira, 16. Vaccari, que goza da confiança e respeito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, continua a ter voz ativa no governo atual.
Em 6 de junho de 2022, a poucos meses da eleição presidencial, já se destacava o papel contínuo de Vaccari no PT: “O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, por exemplo, sempre foi afagado pelos pares. Tinha boquinha em Itaipu garantida por Dilma Rousseff enquanto era investigado e ganhou outra na CUT-PR após sair da prisão. Hoje atua nos bastidores da campanha lulista, assim como o ‘estrategista’ José Dirceu, mensaleiro condenado na Lava Jato até pelo STJ.”
A nomeação de Magda Chambriard sinaliza muito mais do que um simples desejo de avançar com projetos como os gasodutos defendidos pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ou a fábrica de fertilizantes promovida por Rui Costa, ministro da Casa Civil. A decisão aponta para um retorno às práticas que marcaram os governos anteriores do PT.
A conclusão da refinaria Abreu e Lima (Rnest), que custou 19 bilhões de dólares, foi entregue a Odebrecht e Andrade Gutierrez, empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão. Recentemente, a Petrobras abriu uma licitação para concluir o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um projeto que já viu evaporar 8 bilhões de dólares. Além disso, a Sete Brasil, criada para financiar estaleiros com conteúdo nacional, desperdiçou 25 bilhões de dólares durante os governos anteriores do PT, e a repetição dessa história parece iminente.
Lula, que respeita e confia em Vaccari, condenado por arrecadação de propina em contratos de navios-sondas com a Petrobras, parece disposto a arriscar novamente a estabilidade econômica do Brasil em nome de velhas alianças e estratégias políticas.