As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, desde o final de abril, provocaram danos e alterações no tráfego nas rodovias que passam pelas cidades atingidas. Em apenas cinco dias de chuvas e inundações, mais de 60 pontos estavam com bloqueios totais ou parciais por conta das águas.
O Ministério dos Transportes busca restabelecer o fluxo viário e assegurar o abastecimento das regiões atingidas. Já foram liberados mais de 80 trechos em 11 rodovias federais que cortam o estado. Atualmente, 20 trechos estão em obras ou com serviços para liberação das pistas. Alguns locais bloqueados têm acesso liberado apenas para veículos de emergência.
O acúmulo das águas também impacta a malha aérea. O principal aeroporto do estado, em Porto Alegre, está interditado por tempo indeterminado. A empresa que administra o Aeroporto Salgado Filho calcula que, apenas no mês de maio, quase 600 mil pessoas serão afetadas diretamente pela interdição do terminal. Para contornar o problema, terminais do interior do estado servem como alternativa para mais de 116 voos comerciais por semana.
A Agência Nacional de Aviação Civil e o Ministério dos Portos e Aeroportos anunciaram 53 voos para outros aeroportos do estado: Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Maria, Uruguaiana e Santo Ângelo. E 28 rotas serão transferidas para os aeroportos de Jaguaruna e de Florianópolis, em Santa Catarina.
Em relação aos portos, o Porto de Porto Alegre mantém suspensas as operações, em razão da manutenção do nível do Lago Guaíba acima da chamada cota de inundação. No Porto de Pelotas, o embarque de toras de madeira segue suspenso e as atividades estão paralisadas no terminal. Já o Porto do Rio Grande, o mais importante do estado, segue funcionando normalmente.
Na travessia para São José do Norte, o serviço de balsa está realizando apenas o transporte de veículos altos, como caminhonetes. O de passageiros está suspenso, em razão do aumento do nível da Laguna.
De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, dos 497 municípios gaúchos, 461 registraram transtornos, por conta dos efeitos climáticos no estado.