Mais do que uma fraqueza perante as palavras de Ventura, o que incomoda a esquerda no episódio Aguiar-Branco é que ele representa um novo sinal de que, desta vez, o centro-direita e a direita moderada não vão governar de forma politicamente ingénua. Mesmo quem foi mais próximo de Passos Coelho aponta ao antigo primeiro-ministro a falha política de não ter refrescado o pessoal dirigente do Estado. O primeiro-ministro do tempo da troika foi fiel até ao fim à sua maneira de encarar a governação. Ligou muito pouco à necessidade, natural em democracia, de mudar as lideranças dos principais serviços quando muda o poder, quanto mais não seja para refrescar os hábitos e os corredores das instituições. Passos não fez isso por sistema. Limitou-se a ser um parêntesis de austeridade numa série longa de governação da esquerda. Montenegro não é Passos Coelho, e sabe bem que o seu sucesso depende de colocar pessoas competentes, mas da sua confiança, em lugares-chave da administração. Isso já começou em força, e tem incomodado sobremaneira os partidos de esquerda. Ao esvaziar o balão das polémicas inúteis de Ventura, Aguiar-Branco deixa claro que não vai contribuir para o crescimento artificial do Chega. Mais do que o combate ao racismo, o que está em causa é o fim da ingenuidade política da direita moderada.
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