Navio que fez desabar ponte em Baltimore já regressou ao porto. O que lhe vai acontecer agora? – Mundo

Quase dois meses depois de ter derrubado a ponte Francis Scott Key, o navio porta-contentores Dali está de volta ao porto de Baltimore. Desde o acidente, que aconteceu a 26 de março, o navio esteve preso debaixo de uma parte da ponte, que foi removida a 13 de maio, com uma série de explosões controladas. Cinco rebocadores empurraram o navio até ao terminal marítimo de Seagirt, em Baltimore, esta segunda-feira.

O The New York Times escreve que a tripulação permaneceu a bordo do navio durante os quase dois meses em que esteve preso debaixo da ponte. A empresa está a trabalhar com as autoridades “para ver quais são os próximos passos para garantir uma possível licença em terra para a tripulação”, disse Darrell Wilson, porta-voz do operador do navio. “Vamos certamente trabalhar com as autoridades para tentar tirar a tripulação do navio”, acrescentou. 

David O’Connell, da Guarda Costeira norte-americana, esclarece ao The News York Times que o navio ficará em Baltimore durante quatro a seis semanas e depois seguirá para Norfolk para ser reparado.

Sobre a carga a bordo, um operador do Dali diz que os contentores têm de ficar no navio para que este fique suficientemente baixo na água para passar por baixo da ponte da Baía de Chesapeake quando se dirigir para o seu próximo destino.

A empresa que opera o navio disse que o Dali tem capacidade para 10.000 contentores e que estava com pouco menos de metade da capacidade quando colidiu com a ponte. Dezenas de contentores danificados ou que corriam o risco de cair sobre as equipas de salvamento foram retirados enquanto o navio se encontrava entre os destroços da ponte.

Entre a grande variedade de mercadorias transportadas estava a soja. O Departamento de Gestão de Emergências de Maryland disse em abril que as tripulações estavam preocupadas com os gases perigosos provenientes de grãos de soja em decomposição. “Os grãos fermentados foram ensacados e toda a carga de soja está a ser removida”, escreveram as autoridades de emergência.