O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ignorou os pedidos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) para implantar a lei que visa manter empregos no estado. Apesar do apelo do setor produtivo, Lula ainda não assinou o decreto que permite a redução da jornada de trabalho e do salário, além da suspensão dos contratos. Esse tipo de medida preservou mais de 11 milhões de empregos durante a pandemia da covid-19. O Congresso Nacional já aprovou o estado de calamidade pública para o Rio Grande do Sul.
A Fiergs também propôs a adoção de férias coletivas, a antecipação de férias individuais e a flexibilização do banco de horas. “Uma simples linha de crédito não será suficiente para reativar essas empresas ou permitir a aquisição de novas máquinas”, declararam líderes de entidades empresariais, conforme noticiado pelo site Diário do Poder.
Recentemente, a direção da Fiergs realizou uma videoconferência com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Na ocasião, o petista mencionou a necessidade de “tempo” para elaborar uma medida provisória.
Os diretores da Fiergs, no entanto, criticaram o ministro. O órgão afirmou que “o ministro não sabe ou finge não saber que essa lei autoriza o presidente da República a agir por decreto e com rapidez”. No caso específico do Rio Grande do Sul, tal medida beneficiaria entre 2,5 e 3 milhões de trabalhadores.