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Governo Lula rejeita novas negociações com professores federais em greve


O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recusou continuar as negociações com os professores federais em greve, estabelecendo um prazo final para um acordo até segunda-feira, 27. Em um email enviado aos sindicatos, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que não há possibilidade de aceitar novas contrapropostas.

A mensagem foi uma resposta ao Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes), que na segunda-feira, 20, decidiu continuar a greve. A proposta do governo, apresentada no último dia 15, inclui um aumento salarial de 4,5% ao ano para 2025 e 2026, mas os professores reivindicam reajustes maiores — 7,06% já em 2024, 9% em janeiro de 2025 e 5,16% para 2026.

Em comunicado, o Ministério esclareceu que a nota enviada às entidades representativas dos docentes teve o objetivo de reiterar o entendimento mantido entre as partes e o governo. O Ministério da Educação (MEC) declarou que permanece aberto ao diálogo honesto e respeitoso, com a finalidade de valorizar os servidores. No entanto, a abordagem do governo Lula tem causado frustração entre os grevistas.

“O governo federal demonstra, com essa mensagem (do Ministério da Gestão), uma grande intransigência no processo de negociação, além de um desrespeito com a dinâmica da greve”, comentou Gustavo Seferian, presidente do Andes, à Folha de São Paulo.

Os membros do sindicato acreditam que a postura de Brasília fortalece o movimento grevista e debilita o discurso pró-educação do governo petista. Professores de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais de todas as cinco regiões do país iniciaram a greve em 15 de abril.

Além da recomposição salarial, os professores demandam investimentos nas instituições. Mesas de negociação — com a participação do MEC e do Ministério responsável pelos serviços públicos — têm sido realizadas desde então. Todas as propostas para encerrar a greve foram rejeitadas pelos educadores.

Segundo o Andes, pelo menos 31 instituições federais estão com aulas suspensas — 26 universidades, quatro institutos federais e um centro tecnológico.



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