“São famílias vulneráveis compostas por idosos, crianças órfãs e pessoas com deficiência que se ressentem do défice de alimentos”, avançou Jaime Mugabe, citado hoje pelo órgão público Rádio Moçambique (RM).
Segundo o administrador, a insegurança é resultante do “fracasso” na presente época agrícola, por conta do fenómeno climático El Niño.
Como resposta, o Instituto Nacional de Ação Social (INAS) realiza campanhas de distribuição de alimentos às famílias afetadas.
“Os beneficiários vão receber uma cesta básica composta por arroz, farinha de milho, feijão, óleo de cozinha e sal, por um período de três meses”, explicou.
No final de setembro, o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, apelou à preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno El Niño no país nos meses seguintes, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.
O El Niño é uma alteração da dinâmica atmosférica causada por um aumento da temperatura oceânica. Este fenómeno meteorológico está também a provocar chuvas torrenciais na África Oriental, que já causaram centenas de mortos no Quénia, Burundi, Tanzânia, Somália e Etiópia.
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