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Pequenos partidos candidatos às europeias apoiam ajuda à Ucrânia e querem a paz pela via política – Política



Os cabeças de lista dos pequenos partidos ao Parlamento Europeu defendem que a Ucrânia deve ser apoiada na guerra contra a Rússia, com a maioria a mostrar-se contra o envio de tropas para o terreno.

A candidata da Nova Direita, Ossanda Liber, defendeu que ajuda deve ser dada à Ucrânia, mas “até ao limite” de a União Europeia se tornar “co-beligerante”.

“Acho que (o envio de soldados) para a Ucrânia “é um erro, porque a Ucrânia tem os seus aliados, mas os russos também têm os seus parceiros”, considerou a candidata, acrescentando que os parceiros da Rússia são “todo o mundo não ocidental”.

Por isso, Ossanda Líber prefere a via da diplomacia para resolver o conflito e lamenta que, “neste momento, não haja um interlocutor ocidental/europeu com a Rússia”.

A negociação é também o caminho defendido por Pedro Ladeira, do partido Nós Cidadãos, para quem a guerra na Ucrânia é uma forma de conseguir crescimento económico à seguir à pandemia de Covid-19.

Este cabeça-de-lista sustentou que o conflito entre os dois países começou hà oito anos, com as questões do Donbass e da Crimeia, mas a Comissão Europeia só deu atenção à situação depois da pandemia, criticou.

Pedro Ladeira, que disse ter sabido, por amigos ucranianos, que “a guerra está em banho-maria”, considerou também que o conflito “não é como dizem” e critica a pouca vontade de negociar com o Presidente russo, Vladimir Putin.

O candidato Rui Fonseca e Castro, do Ergue-te, que ameaçou “começar uma guerra em Portugal” caso os seus filhos sejam chamados para combater na Ucrânia, considerou que o conflito com a Rússia tem dois propósitos: “exaurir financeiramente a Europa” e “exterminar o povo eslavo”.

Márcia Henriques, que se candidata pelo RIR, afirmou ter sido recebida na quinta-feira pela embaixadora da Ucrânia em Portugal que lhe terá, alegadamente, dito, que a situação não é tão grave como aparenta ser nos telejornais.

Para a líder do RIR, “a Ucrânia tem o direito a defender-se e o direito a ser ajudada” e será inevitável que a Europa envie militares para o local: “Acho que vai acabar por acontecer porque senão vamos andar nesta guerra até 2030 ou 2040 ou 2050”, disse.

Gil Garcia, do MAS, criticou a forma como a Europa está a lidar com a guerra, alertando que o conflito pode levar a “uma terceira guerra mundial” e que o aumento do orçamento para armas só piora a situação.

“Se fizermos isso, não vai haver dinheiro para funcionários públicos, não vai haver dinheiro para aumentar salários médios, não vai haver dinheiro para emprego”, considerou.

A candidata do ADN, Joana Amaral Dias, admitiu que “a Europa não tem de ser neutra”, mas deve assumir-se como “protagonista da paz”, e pela resolução do conflito numa “mesa de negociações”.

A líder do ADN mostrou-se surpreendida por Putin não ter sido chamado à mesa de negociações quando a Europa “decidiu fazer uma cimeira da paz que se aponta para ser na Suíça” que deverá ser, na sua opinião, “uma espécie de cimeira-fantoche”, já que o Presidente russo não foi convidado.

Igualmente a favor de negociações de paz mostrou-se José Manuel Coelho, do PTP, que criticou “as bacoradas” de alguns dos outros participantes no debate e disse que a sua posição em relação à guerra na Ucrânia é “a mesma da do Santo Padre, Papa Francisco”, lembrando que “o problema não é só quem morre, são os mutilados da guerra”.

O candidato do MPT, Manuel Carreira, lembrou que também há uma guerra a decorrer no Médio Oriente e sublinhou que a insegurança é “como um sentimento que destrói”, pelo que é necessário “criar defesas próprias” através de “um serviço militar obrigatório ou, em alternativa, um serviço cívico”.

A crtiação de forças armadas conjuntas da União Europeia foi também a medida defendida por Duarte Costa, do Volt, que considera essencial “mobilizar a capacidade de defesa dos Estados nacionais para um projeto de defesa comum”.





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