Em declarações aos jornalistas na Feira do Livro, Paulo Raimundo considerou que o plano “é igual aos que têm sido apresentados pelo Governo”.
“Sobre os problemas concretos, imediatos, pouco ou nada. E sobre as questões de fundo, é resoluções para depois”, criticou.
O líder do PCP referiu que há atualmente 400 mil imigrantes por regularizar que “não vão ver o seu problema resolvido com as 41 medidas que o Governo apresentou hoje para supostamente dar resposta a este problema da imigração”.
Por outro lado, Paulo Raimundo criticou o facto de o executivo procurar também “restringir a imigração legal”, o que considerou que vai “contribuir de forma decisiva para rebentar um problema nas mãos”, referindo-se ao aumento da imigração ilegal, deixando mais pessoas à mercê do “tráfego de ser humano”.
Depois, Paulo Raimundo criticou também as medidas previstas para a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), considerando que o plano do Governo só apresenta intenções e responde “muito pouco” às medidas que são urgentes.
“O que ainda nos traz maior responsabilidade ao PCP, porque nós vamos apresentar um projeto com medidas concretas”, anunciou, considerando que há atualmente um problema na AIMA relacionada com a falta de recursos humanos.
“Portanto, é preciso reforçar com recursos, com meios humanos imediatos. Nós precisamos de dar resposta às 400 mil vidas, que é isso que estamos a falar, de pessoas que estão legalmente no nosso país, e que não conseguem renovar os seus documentos para continuarem cá a trabalhar e a descontar, a contribuir para a produção do país”, disse.
Já interrogado se não concorda com a criação de uma unidade de estrangeiros e fronteiras na PSP, Paulo Raimundo respondeu: “Isso são tudo medidas muito importantes, só que é tudo problema a longo prazo”.
“A questão não é essa. A questão é quais são as medidas que se tomam agora, e nós temos tido um Governo que tem tido uma habilidade extraordinária que é, a pretexto dos problemas concretos da vida de todos os dias, é anúncios, intenções e medidas concretas ao serviço dos grupos económicos: foi assim na saúde, habitação, medidas para os jovens e agora imigração”, disse.
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