“Hoje, a nossa principal prioridade é reforçar o nosso sistema elétrico após os ataques terroristas russos. A situação é muito difícil”, escreveu Shmygal nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.
Shmygal disse que se perderam “mais de 9 gigawatts de potência de produção” e que a Rússia “continua a atacar as infraestruturas energéticas” da Ucrânia.
Em meados de maio, Kiev anunciou que tinha perdido oito gigawatts de potência instalada devido aos bombardeamentos russos.
O chefe do Governo ucraniano referiu que as autoridades de Kiev estão a trabalhar no sentido de obter mais defesas aéreas de parceiros estrangeiros para proteger as infraestruturas de energia.
Disse também que o Governo está a tentar descentralizar o sistema de produção de energia elétrica em unidades mais pequenas e em mais locais, para que seja mais difícil à Rússia destruí-las em poucos ataques.
Desde 22 de março, a Rússia tem lançado sucessivas vagas de bombardeamentos contra centrais elétricas ucranianas, destruindo algumas das mais importantes infraestruturas de produção de eletricidade da Ucrânia.
O mais recente desses grandes ataques ocorreu no fim de semana, com o lançamento de mais de uma centena de mísseis e ‘drones’ (aparelhos não tripulados) contra alvos nas regiões de Zaporijia (sul), Dnipropetrovsk, Kirovohrad (centro), Donetsk (leste) e Ivano-Frankivsk (oeste).
A Ucrânia foi forçada a introduzir cortes programados de eletricidade em todo o país para poupar energia, uma vez que o sistema não consegue satisfazer toda a procura.
A Rússia lançou uma campanha de ataques semelhante no outono de 2022, que deixou milhões de ucranianos sem luz e eletricidade durante semanas.
De acordo com as autoridades ucranianas, a série de bombardeamentos iniciada em março deste ano causou mais danos do que a campanha no primeiro ano da guerra.
A Ucrânia tem estado a pedir aos seus parceiros ocidentais mais sistemas de defesa aérea para proteger estas e outras infraestruturas chave dos ataques aéreos russos.