O Supremo Tribunal Federal (STF) desembolsou cerca de R$ 200 mil para garantir a segurança de ministros durante uma viagem de Réveillon aos Estados Unidos. Quatro policiais federais foram destacados para a missão. Dois desses seguranças receberam R$ 50,9 mil cada um para permanecer nos EUA de 20 de dezembro a 9 de janeiro, enquanto os outros dois receberam R$ 49 mil cada um para ficar um dia a menos no país.
Os policiais, que não são lotados no STF, foram requisitados pelo tribunal ao Executivo. Os valores pagos foram obtidos por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), que reúne informações de pagamentos do governo federal.
O STF não informou quais ministros foram acompanhados pelos agentes federais, citando “questões de segurança” como motivo do sigilo. As informações foram divulgadas pela Folha de S.Paulo.
Em nota, a assessoria da Corte justificou que a contratação de segurança no exterior seria mais cara do que a concessão de diárias a servidores. “Os seguranças já conhecem a rotina e a necessidade dos ministros. A despesa com segurança no exterior é necessária em razão do aumento de ataques e incidentes que envolvem os magistrados fora do país.”
A Folha também revelou que o ministro Dias Toffoli gastou R$ 99,6 mil em recursos públicos para pagar 25 diárias internacionais a um único segurança, que o acompanhou de 23 de abril a 17 de maio em Londres, Reino Unido, e Madri, Espanha.
Após a divulgação da reportagem, o STF retirou do ar a página de transparência, onde eram encontradas informações sobre diárias e passagens pagas a servidores em viagens.