Exército de Israel e Hamas na lista de violências contra crianças

O secretário-geral da ONU, António Guterres, incluiu o Exército de Israel, o Hamas e a Jihad Islâmica em uma lista global de infratores que cometem violações contra crianças em conflitos. 

O enviado de Israel à ONU, Gilad Erdan, divulgou uma gravação do momento em que foi informado pela chefe de gabinete de António Guterres. Na ligação, ele classifica a decisão de vergonhosa, afirma que o exército de Israel é o mais moral do mundo e que a medida é uma recompensa aos terroristas do Hamas. 

O relatório sobre crianças e conflitos armados cobre seis violações, como assassinato, mutilação, negativa de socorro e ataque a escolas e hospitais. O Hamas afirma que 15.500 crianças foram mortas em Gaza. A ONU conseguiu confirmar quase 8 mil dessas mortes. 

Em Israel, 38 crianças morreram no ataque de 7 de outubro e 42 foram sequestradas pelo Hamas. 

Desemprego em Gaza

A Organização Internacional do Trabalho informou que o desemprego na faixa de Gaza alcançou 79,1%. Na Cisjordânia, o índice é de quase 32%, fazendo com que a taxa média de desemprego nos territórios palestinos seja de 50,8%. 

Tanques e aviões de guerra israelenses bombardearam as áreas central e sul de Gaza durante a noite, matando pelo menos 23 palestinos. As negociações para um cessar-fogo estão estagnadas, com cada lado culpando o outro pela falta de progresso. 

Bombardeios no Iêmen

No Iêmen, os Houthis informaram que os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram seis ataques aéreos no país.

O grupo controla as áreas mais populosas do Iêmen e tem atacado navios comerciais no Mar Vermelho desde novembro em solidariedade aos palestinos na guerra em Gaza. 

Na capital Saná, milhares participaram do protesto que vem ocorrendo há meses, às sextas-feiras, pelo mesmo motivo. 

Greve na Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, trabalhadores da gigante de tecnologia Samsung, a maior empresa do país, fizeram um dia de paralisação, a primeira da história da companhia. A organização é de um sindicato com 28 mil membros, um quinto da força de trabalho da empresa. A entidade não informou quantos aderiram. 

A empresa vai dar reajuste de 5,1% este ano, mas os trabalhadores pedem aumento no bônus e mais um dia de licença anual. A Samsung informou que está engajada nas negociações.