Foi mantida a prisão da professora Cristiani Bispo Valeriano, acusada de crime de injúria racial contra uma aluna na Escola Municipal Estados Unidos, no Catumbi, região central do Rio de Janeiro. O caso aconteceu na última sexta-feira (7).
De acordo com a denúncia, a professora teria ofendido a aluna com expressão como “preta, você mora embaixo da ponte”. E também que Cristiani usaria maus-tratos contra os alunos, crianças na faixa dos 8 anos de idade. Conforme a a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a concessão de liberdade provisória à profissional revelaria risco concreto à ordem pública.
A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro afastou a profissional das funções e abriu sindicância para apurar o caso. Em nota, também informou que a professora pode ser demitida do serviço público.
De acordo com a Polícia Militar os agentes foram recebidos na escola pela mãe da aluna, que confirmou que a menina teria sido ofendida. Ao ser conduzida pelos policiais, a professora passou mal e precisou ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros.
Luana Tolentino, doutoranda em educação pela Universidade Federal de Minas Gerais e autora do livro “Outra educação é possível: feminismo, antirracismo e inclusão em sala de aula” avalia o caso como extremamente grave.
“A agressão cometida por essa professora revela o quanto o racismo está no DNA, infelizmente, da nossa sociedade, porque ela verbalizou um pensamento que é corrente na sociedade brasileira, de que os negros são seres inferiores”.
A especialista acrescenta que o racismo nas escolas ocorre de várias outras formas.
“O racismo se faz presente quando as escolas não se comprometem com o enfrentamento da discriminação racial, do racismo no interior da escola. O racismo se faz presente quando a escola é um espaço que segrega brancos e negros por meio da distribuição de vagas, por meio da divisão das turmas”.
Para Luana Tolentino esse tipo de conduta se reflete psicologicamente na infância, por exemplo na autoestima, socialização e rendimento escolar. Além disso, o episódio chama a atenção para a importância de uma nova educação na sociedade, para gerar outro tratamento para a população negra, orientado para o respeito.
Em nota, a defesa da professora Cristiani Bispo Valeriano disse que ela é portadora de esquizofrenia e estava em surto psicótico quando proferiu os supostos xingamentos, além de fazer uso de medicamentos controlados. E que não pode ser responsabilizada por seus atos.
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