Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Ministro da Fazenda negocia MP que retringe desonerações fiscais

Ministro da Fazenda negocia MP que retringe desonerações fiscais


A restrição das compensações do PIS/Cofins, definida pelo Governo Federal, será negociada com o Congresso Nacional e não terá impacto na inflação. Foi o que afirmou nesta segunda-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília.

A medida provisória que restringe as compensações do PIS/Cofins foi editada pelo governo federal, na semana passada. E apesar de já estar valendo, precisa ser analisa pelos parlamentares em 60 dias.

O objetivo do ministério da Fazenda é reforçar o caixa do governo em R$ 29,2 bilhões. Isso, depois de perder R$ 26,3 bilhões em receitas por causa da continuidade da política que reduz impostos da folha de pagamento em 17 setores da economia e de pequenos municípios este ano.

Segundo Haddad, a decisão de manter essa redução de impostos, a chamada desoneração da folha, foi tomada pelo Congresso Nacional sem a participação do Governo. Apesar dos alertas das entidades da indústria e dos combustíveis, Haddad descartou que a MP traga aumento de preços. Isso porque, de acordo com o ministro, a devolução dos impostos pagos a mais por esses setores ao longo da cadeia produtiva continua assegurada. Ele destacou que o impacto na inflação não é a maior preocupação dos empresários.

“A preocupação maior que eu ouvi dos empresários é em relação ao prazo. E isso nós estamos dispostos a sintonizar com a Reforma Tributária”.

A MP do PIS/Cofins ainda acaba com exceções para determinados setores que permitiam abusos no pagamento das compensações, que saltaram de R$ 5 bilhões  para R$ 22 bilhões, nos últimos três anos, segundo Haddad.

Entre os grupos resistentes à medida do governo, estão a Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso, que pediu, na semana passada, ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a devolução da medida ao governo, e o setor industrial. Para eles, o texto afeta fortemente o caixa das empresas e aumenta a carga tributária de alguns setores.  

O Instituto Brasileiro do Petróleo estima que a MP resultaria em uma alta de 4% a 7% na gasolina e de 1% a 4% no diesel, porque o setor teria de repassar os créditos não compensados aos preços.



Link da fonte aqui!