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Europa: guerra, imigração e empobrecimento explicam avanço da direita

Europa: guerra, imigração e empobrecimento explicam avanço da direita


O empobrecimento da população europeia, o fluxo imigratório e a guerra na Ucrânia ajudam a explicar o resultado da eleição no Parlamento Europeu nesta semana, com o avanço da extrema direita especialmente na França e Alemanha, as duas principais economias do bloco. O avanço da extrema-direita também ocorreu na Áustria e Bélgica. Já políticos progressistas avançaram em países nórdicos, como Dinamarca, Suécia e Noruega.

O professor de relações Internacionais da Universidade Federal do ABC, Gilberto Maringoni, disse que o cenário muda de país para país, mas que, na França e Alemanha, a economia e o apoio incondicional à OTAN têm corroído o apoio aos atuais governos.

“O resultado na França e na Alemanha foi realmente muito ruim. Mas se olhar para países menores teve até um crescimento relativo da esquerda. Quem perdeu foi quem mais investiu nas relações com a OTAN.”

A professora de Relações Internacionais do Ibmec de São Paulo, Natália Fingermann, avalia que mudanças na Europa devem ter consequências para o tema do meio ambiente no Brasil, uma vez que o Brasil tenta se posicionar como uma liderança nessa agenda.

“Uma pauta que a extrema-direita nega, se recusa a tratar. Então a gente pode ter dificuldade que o tema, que é caro para o Brasil, tenha vazão no sistema internacional.”

Já o professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC, Giorgio Romano, destaca que, para combater a extrema-direita, os partidos de centro-direita e centro-esquerda da Europa têm adotado pautas mais duras contra a imigração e reduzido as regras de proteção ambiental.

“Por exemplo, a centro-esquerda na Dinamarca tem a mesma bandeira em relação à migração e conseguiu ganhar com essa pauta. Então esse é o problema. O conjunto pensamento político europeu vai para uma posição muito xenófoba”. 

O Parlamento Europeu, em comparação aos parlamentos nacionais, tem funções mais limitadas e se posicionam apenas para as leis em comum a todos os 27 Estados. Segundo o professor Gilberto Maringoni, o resultado das últimas eleições tem um efeito de termômetro “das relações internas da Europa”.



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