“É mais um dia em que acordamos de manhã e continuamos a pensar que é apenas um pesadelo. E percebemos que não é, é a realidade”, disse Lavi, 39 anos, em entrevista à Reuters.
O marido de Lishay Lavi foi raptado no kibutz de Nahal Oz no dia 7 de outubro, e está desde essa altura em cativeiro. Omri Miran foi visto pela última vez num vídeo de reféns divulgado em abril. Aquela prova de que estaria vivo alegrou Lishay, mas, ao mesmo tempo, deu conta do estado em que o homem estaria devido ao que tem passado.
Desde esse dia, Lishay não teve mais notícias do marido. Os quatro reféns resgatados de Gaza pelos comandos israelitas na semana passada não se encontravam na mesma zona que o seu marido e, por isso, não foram reveladas novas informações.
Para passar o tempo, a mulher concentra-se no papel de mãe e tenta criar as duas filhas, Roni e Alma.
Roni, que tem 2 anos e 10 meses de idade, pinta quadros em que representa Omri e diz-lhe “boa noite” antes de se deitar. Alma tem 1 ano e 2 meses.
“Tenho sempre a esperança de que isto vai acabar, que o Omri vai voltar e que nós vamos continuar a ser uma família. E posso dizer que as minhas duas lindas filhas pequenas me dão a força de que preciso. É muito difícil ver o sorriso delas e o seu crescimento, porque Omri não está aqui, mas do outro lado, isso dá-me muita força”, afirmou.
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