“Este estudo recai sobre quem produz o conteúdo, quem o difunde e também as pessoas que são diretamente afetadas”, explicou ao CM Rita Basílio, investigadora corresponsável do projeto, acrescentando que as mulheres são os principais alvos. Para a investigadora, as motivações para esta prática de exposição de conteúdo íntimo, sem consentimento, estão relacionadas com “humilhação” em relações amorosas ou até mesmo como forma de “retaliação”. “Há uma tendência para normalizar esta prática sem que as mesmas sejam reportadas às autoridades. Existe um estigma idêntico ao da violência doméstica, porque as vítimas têm vontade de denunciar, mas sentem vergonha”, concluiu Rita Basílio.
Por outro lado, também existem jovens que se sentem confortáveis a partilhar este tipo de conteúdo em aplicações e enviam mensagens de teor sexual no meio digital. Face à inexistência de regulamentação jurídica e controlo das plataformas, há tendência para o aumento desta prática.
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