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Lula e PT sobem o tom contra Banco Central na véspera de reunião do Copom


Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom das críticas contra o titular da instituição, Roberto Campos Neto. O grupo iniciou, nesta terça-feira (18/6), as discussões para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano. O resultado será divulgado nesta quarta-feira (19/6), e a expectativa dos analistas é que o percentual seja mantido.

Em entrevista à rádio CBN, Lula intensificou suas críticas ao presidente do Banco Central, comparando sua atuação à de Sergio Moro e acusando-o de prejudicar o país. “Só temos uma coisa desajustada neste instante: é o comportamento do Banco Central. Um presidente que não demonstra capacidade de autonomia, tem lado político e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país”, afirmou Lula.

A política monetária de Campos Neto tem sido alvo constante de críticas do governo federal, principalmente pela resistência em reduzir a taxa de juros. Lula argumenta que a diminuição dos juros é crucial para estimular investimentos no país. “Como vai convencer o empresário a fazer investimento se ele tem que pagar uma taxa de juros absurda? É preciso baixar a taxa de juros, (de forma) compatível com a inflação”, destacou o presidente.

Após as declarações de Lula, seus aliados se manifestaram em apoio. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, afirmou que as críticas do presidente são uma resposta a uma política inadequada. “O presidente Lula e toda a torcida do Flamengo sabem que os juros estão altos. É a política que foi adotada, mas se isso não é política contracionista, será o quê?”, questionou Wagner. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também criticou Campos Neto, dizendo que ele “é político e trabalha para sabotar o país”.

Nessa terça-feira, o deputado federal Merlong Solano (PT-PI) protocolou um pedido para que o presidente do Banco Central seja ouvido na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, Campos Neto tem 90 dias após o fim de cada semestre para apresentar os resultados das políticas monetárias ao Legislativo, o que ainda não foi feito.



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