A intenção de consumo das famílias brasileiras avançou 0,5% neste mês de junho, mantendo uma tendência dos três últimos meses. No acumulado do ano, o avanço foi superior a 5%.
Os dados são da Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias, divulgada nesta sexta-feira (21) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A intenção de consumir mais aumentou no mês de junho entre as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos. Segundo a pesquisa, isso se deve à percepção positiva do mercado de trabalho entre essa faixa de salário, onde o indicador de Emprego Atual aumentou em 0,3%. O economista da CNC Felipe Tavares explica esse panorama.
Já em relação a acesso ao crédito, foi verificado o oposto. As famílias consideradas mais ricas tiveram um aumento de 0,8% nesse indicador, por terem maior credibilidade nas instituições financeiras.
Já entre as mais pobres, o acesso ao crédito recuou em 0,3%. Na média geral, a intenção de acesso ao crédito não teve alteração em junho, na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, avançou em quase 6%.
É preciso destacar a situação no Rio Grande do Sul, que difere de todo o país, devido à catástrofe ambiental que atingiu boa parte do estado. Lá, a intenção de consumo desabou em 23% em relação a junho do ano passado, e caiu 3,5% na comparação com maio, quando as enchentes já tinham impactado as famílias gaúchas.
