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Sistema lucrativo divulga desinformação científica na internet


A desinformação científica, espalhada por mensagens falsas, principalmente pela internet, é um sistema lucrativo, por isso é necessário regulamentar as redes sociais. É o que defende um novo relatório lançado pela Academia Brasileira de Ciências, instituição que reúne os principais cientistas do país.

Coordenado pela pesquisadora da Universidade Federal Fluminense Thaiane Oliveira, o documento destrincha os desafios e também propõe estratégias para a luta contra a desinformação científica. Mas Thaiane destaca que as fakes news não surgem espontaneamente, mas são produzidas por pessoas que usam as plataformas digitais para lucrar.

“Existe também uma outra forma da gente entender esse lucro, baseado na própria plataforma. Toda a sua dinâmica de lógicas algorítmicas mediadas algoritmicamente acabam incentivando a produção de desinformação no sentido que títulos sensacionalistas, controvérsias e polêmicas ganham mais atenção no ambiente digital e com isso a plataforma também lucra em torno desses cliques.”

Além de mostrar um panorama dos fatores que favorecem o compartilhamento das informações falsas, o documento propõe recomendações para enfrentar o problema. Uma das principais é investir em educação científica e na valorização do conhecimento.

“É fundamental para o enfrentamento de fato, para uma formação cidadã, de maneira que esse cidadão possa identificar, diagnosticar e também saber como lidar, como enfrentar a desinformação científica no seu dia a dia, no seu cotidiano, a partir das suas relações sociais, nos seus convívios cotidianos que acaba se deparando com a desinformação”. 

A desinformação científica ocorre com a disseminação de informações falsas, enganosas ou imprecisas sobre questões científicas, frequentemente relacionadas a temas de saúde, ambientais ou tecnológicos. Por isso, Thaiane acentua que ela prejudica toda a sociedade.

“Realmente existe um grande desafio, sobretudo para quem não tem o conhecimento científico de base, de quem não é especialista, por exemplo, em determinada área do conhecimento em fazer o discernimento entre o que é o conhecimento científico e o que é pseudociência. Essa desinformação acaba tornando isso um grande desafio, um desafio ainda maior para lidar com esse fenômeno”. 

A pesquisadora ressalta que a divulgação dessas fake news impactam a capacidade das pessoas de tomarem decisões acertadas, além de reduzir a confiança nas instituições científicas e governamentais.

O relatório completo pode ser lido e baixado no site da Academia Brasileira de Ciências: www.abc.org.br



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