A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma resolução que proíbe temporariamente a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde e estéticos. A decisão visa investigar os possíveis danos associados ao uso dessa substância química, motivada por preocupações com os impactos negativos na saúde.
Na segunda-feira (24), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) entrou com uma ação na Justiça Federal solicitando a suspensão da venda de substâncias à base de fenol para profissionais não médicos. O objetivo é evitar a realização de procedimentos invasivos, como o peeling de fenol, que é altamente agressivo e pode causar complicações como dor intensa, cicatrizes, alterações na coloração da pele, infecções e problemas cardíacos.
No início de junho, um jovem de 27 anos morreu em São Paulo após complicações decorrentes de um peeling de fenol realizado em uma clínica estética. A dona da clínica, sem especialidade ou autorização para realizar o tratamento, está sendo investigada pela polícia por homicídio. A clínica foi interditada e multada.
A resolução da Anvisa busca proteger a saúde pública enquanto as investigações sobre os riscos do fenol são concluídas.