O presidente Lula afirmou que o governo tem disposição em negociar a dívida dos quatro estados mais ricos do Brasil: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, mas não falou em prazos. Disse que espera uma definição do Tesouro Nacional sobre as propostas de renegociação – e contrapartida dos estados – levadas a ele pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Assim que tudo estiver pronto, vai discutir o acordo com Pacheco e governadores.
Em entrevista à Rádio FM O Tempo, Lula aproveitou para criticar o governador de Minas, Romeu Zema. Admitiu que o governo anterior, de Fernando Pimentel, foi um “fracasso” justamente por conta das dívidas estaduais que, hoje, chegam a R$ 170 milhões, e que Zema se beneficia de uma liminar dada pelo Supremo à Pimentel para não pagamento da dívida.
Sobre juros, o presidente foi claro: 10,5% é um patamar irreal para uma inflação de 4%. E que o cenário irá mudar quando ele puder indicar o presidente do Banco Central.
O presidente também falou sobre as negociações da dívida da Vale para pagamento de indenização a moradores atingidos pelas tragédias em Brumadinho e Mariana. Disse que os moradores estão sendo “enrolados” pela empresa e que, nas próximas semanas uma reunião com o Tesouro Nacional deverá decidir a questão. Ele, que cobrou do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, uma definição, ouviu dele que tudo está 90% resolvido.
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