No dia 1º de julho, comemora-se o Dia da BCG. Ao nascer, os bebês devem tomar preferencialmente, nas primeiras 12 horas de vida, uma dose única da vacina BCG, que é utilizada na prevenção da tuberculose, principalmente daquelas que podem ocasionar as formas graves da doença, como a tuberculose miliar e a meningite tuberculosa. Garantida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, a vacina é conhecida também pela marquinha que deixa no braço de até 1 cm e pode ser vista durante toda vida.
A vacina geralmente é administrada ainda na maternidade, pelas equipes de saúde. “Temos uma equipe na Central de Imunobiológico da Prefeitura, a Rede de Frio, que atua de forma itinerante nas maternidades privadas para garantir a vacinação desses pequenos, com objetivo de saírem protegidos do ambiente hospitalar. Nos hospitais públicos, há salas de vacinas e ainda, temos salas de vacinas com profissionais para vacinar esses bebês, que por ventura não tenham recebido a dose ainda na maternidade”, explicou Fernando Virgolino, chefe da Seção de Imunização da Prefeitura de João Pessoa.
Em crianças, a tuberculose ocorre com mais frequência nas menores de 5 anos. Bebês e crianças pequenas (especialmente aquelas com menos de 2 anos) correm o risco de desenvolver doenças graves associadas a uma alta taxa de mortalidade. Há também o grupo de pessoas com condições médicas que enfraquecem o sistema imunológico, especialmente aquelas com infecção por HIV, correm maior risco de desenvolver tuberculose.
Não é necessário nenhum cuidado prévio para a vacinação. A reação no local da aplicação e a formação de cicatriz são esperadas e não requerem produtos, medicamentos ou curativos. A revacinação de crianças sem a cicatriz (a marquinha da BCG), não é mais recomendada pelo Ministério da saúde desde 2019.
“Atualmente, a vacina é indicada a partir do nascimento até antes de a criança completar cinco anos – quatro anos, 11 meses e 29 dias e, para contatos intradomiciliares de pacientes com hanseníase. Essa prevenção é muito importante para prevenção das formas mais graves da tuberculose”, completou Fernando Virgolino.
Transmissão – A bactéria causadora da tuberculose pode ser transmitida por gotículas para outras pessoas, através de tosse, espirros ou saliva. Quando uma pessoa respira bactérias da tuberculose, essas bactérias podem se acomodar nos pulmões e começar a crescer. A partir daí elas podem passar através do sangue para outras partes do corpo, como rins, coluna e cérebro.
Aproximadamente um terço da população mundial carrega a bactéria, mas não apresenta sintomas (infecção latente); no entanto, aproximadamente 10% dessas pessoas provavelmente desenvolverão a doença durante sua vida e serão capazes de contaminar outras pessoas.
Os sintomas e sinais de tuberculose podem variar de acordo com a idade, o estado imunológico, a parte do corpo afetada e a gravidade da doença. Os sintomas clássicos da tuberculose incluem tosse crônica (duração de 3 semanas ou mais), presença de sangue ou catarro na tosse, dor no peito, febre moderada, sudorese noturna, fraqueza ou fadiga, redução do apetite e perda de peso.
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