Lideranças de favelas do Rio de Janeiro lançaram nesta segunda-feira (8) o F20, Favelas 20: um fórum de debates que pretende apresentar demandas para o G20 Social, grupo que propõe a discussão internacional sobre temas como sustentabilidade, inclusão e diversidade. O evento aconteceu na comunidade do Vidigal, na zona sul carioca.
O objetivo do F20 é ampliar a base de participação e de decisão dos movimentos de favelas nos processos da Cúpula. Lideranças querem aproveitar a oportunidade para fortalecer a estratégia e deixar um legado de participação social durante o G20.
O objetivo do F20 é dar protagonismo e fortalecer pautas para superar situações de pobreza, violência, impactos ambientais e falta de infraestrutura, além de potencializar o atendimento das necessidades dessas comunidades. A empreendedora social e fundadora do Projeto Favela Orgânica, Regina Tchelly, fala de sua experiência nas comunidades.
“Participei do projeto Agência de Redes para a Juventude. Sou um exemplo de quando os projetos chegam na favela e a gente aproveita. A favela orgânica é uma iniciativa de combate ao desperdício de alimentos e à fome”.
O fundador da ONG Águas Resilientes, que desenvolve soluções para a democratização do acesso à água, Erley Bispo, analisa a importância de incluir a população das favelas nas decisões do G20.
“O F20 nasceu com essa inquietação, entendendo que o G20 é um espaço muito importante de decisões. Então o F20 vem com esse intuito de incluir de fato a favela e colocá-la no ponto central da tomada de decisão”.
O F20 é dividido em cinco grupos de trabalho. Entre as demandas mais urgentes estão: o combate às desigualdades, à crise climática e aos riscos de desastres naturais, além da promoção da transição energética justa; e a inclusão digital e cultural.
A Cúpula Social do G20 será realizada entre os dias 14 e 16 de novembro aqui no Rio de Janeiro.
