Severino Xavier de Sousa, ou simplesmente “Biliu de Campina”, deixou de lado a advocacia em 1978 para se dedicar à música regional. Desde então, não parou mais de subir aos palcos defendendo a cultura nordestina. Lançou três discos e dois CDs independentes na carreira.
Figura certa no palco do Maior São João do Mundo, como é conhecida a festa junina de Campina Grande há mais de 40 anos, levava a irreverência característica para as apresentações e interações com o público. Humor, originalidade e as tradições regionais não faltavam nas letras de suas músicas.
Biliu estava internado há cerca de 15 dias no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, onde deu entrada após uma queda que feriu a cabeça. Nessa segunda-feira (8), após duas paradas cardiorrespiratórias, o artista não resistiu.
O velório de Biliu de Campina acontece no palco do Teatro Municipal da cidade paraibana e o enterro será no fim da tarde desta terça-feira (9), no Cemitério Monte Santo.
O cantor Luizinho Calixto destacou a importância de Biliu para a música brasileira.
A professora e pesquisadora Gisele Sampaio, que está finalizando uma videobiografia do artista, lembrou que Biliu sempre se preocupou em perpetuar a cultura nordestina.
Biliu de Campina também se arriscava na poesia. Curiosamente, numa das criações, falou sobre a morte.