A Justiça absolveu sumariamente os três policiais civis acusados da morte do adolescente João Pedro, há quatro anos, no morro do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro.
Na decisão, a juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine entendeu que os agentes Maxwell Gomes Pereira, Fernando de Brito Meister e Mauro José Gonçalves agiram em legítima defesa. A magistrada também negou a hipótese de fraude processual sobre a acusação de alteração da cena do crime. A família do jovem esperava que o caso fosse a júri popular.
João Pedro, de 14 anos, foi executado com um tiro de fuzil pelas costas, dentro da casa de parentes, em 18 de maio de 2020, durante uma operação conjunta das polícias civil e federal para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra criminosos. Foram encontradas 72 marcas de tiros na residência.
O corpo do adolescente foi levado por policiais em helicóptero. A família, após peregrinar por vários hospitais por notícias do jovem, só conseguiu localizá-lo cerca de 17 horas depois no Instituto Médico Legal.
O caso levou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, a determinar a suspensão das operações policiais em comunidades do Rio, durante a pandemia de covid-19.
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